12/02/2008

Eu não fui, não vou, não irei



Eu não fui, não vou, não ireino show da MADONNA, serei excluído da sociedade?

10/08/2008

Sonambulismo



Sem fúria é o estado. Nem cansaço. Quando nem novidade, nem saturado. Quando na medida exata, com equilíbrio anti-zen desalentador. O rio que corre tão liso e tem sua superfície fina como fio de navalha passa sem ser visto, não faz som, seu reflexo não oscila, não acalma, não atordoa. Não e nem nada.

O homem que se jogou do precipício por buscar algum movimento, mesmo que por breve instante ao fim da vida, está a cair até agora. O abismo não tinha fundo. Mergulhou em monotonia aerodinâmica. Está a cair. Às vezes ele pensa que não caiu no imenso buraco, de tão parada que é sua queda.

Diversos anjos estavam em uma árvore. Todos pendurados feito maçãs celestiais. Não peguei nenhuma e mordi. Passei indiferente e eles também estavam indiferentes. Maçãs discretas celestiais. Voltei pra casa contei a história, ninguém se assustou. Nem com os anjos dependurados, que é coisa rara hoje em dia, nem com minha indiferença em relação às maçãs angelicais. Desfuriosos. Todos discretos à mesa de jantar.

Seremos um fio finíssimo discreto a seguir dentro do rio das lâminas sem som sem cintilar?
Estaremos caindo com o homem do precipício?


...

9/28/2008

Apogeum

Ele - Você acredita em espíritos? Se aparecesse um aqui...
Ela - Se um espírito aparecesse, e viesse falar comigo, bom, primeiro que eu acho que ele não viria, por que se interessaria em falar comigo? Segundo que ele deveria ser bastante breve, pois eu não tenho muito tempo...

Passa o tempo com eles se olhando e rindo.

Ele - Por que você nunca comenta o que eu escrevo?
Ela - Claro que comento...
Ele - Para falar que gostou ou não, nem é preciso ler, é só falar que sim ou que não...

Ele joga uma caixa de fósforo nela.
Ela joga a caixa de volta nele.


Ele coloca um cigarro na boca, e acende um fósforo. Não acende o cigarro, ela olha para o palito aceso, o fogo vai queimando e percorrendo o palito de madeira, o fogo se aproxima da mão dele, que olha pra ela, mas não acende o cigarro.

Ela - Você não vai acender?
Ele - É só pra testar sua paciência (e a ansiedade do público).

Em tom irônico de brincadeira, como um personagem:
Ele - Então vamos falar de você!
Ela - De você, você quer dizer não é?

Ela - Você é 99% chipanzé ou 90% rato?
Ele - Não é 99%, é 98%!
Ela - É tudo a mesma coisa!
Ele - Então se, entonces, 98 é igual 99, todos os números são iguais... o que você fez em 98?
Ela - Lá vem você com sua birradedetalhes...
Ele - Não é birra!
Ela - A gente está falando de porcentagens.
Ele - Então tá, se 98% é igual a 99% somos todos chipanzé, 99% é igual a 100%! Já que é só 1% mesmo...
Ela - Pára com isso. Você bebeu cocacombaba?
Ele - Sempre que alguém bebe coca na latinha, volta uma babinha pra lata, daí todo mundo bebe cocacombaba!
Ela – Tá bom, eu sou um rato, pronto!


26 pra 27 de setembro
Alex e Lara num fim de sábado

9/23/2008

Putz



Em um infértil futuro, logo alí, as grandes corporações se uniram formando poderosos e necessários conglomerados.
Episódio de hoje: Cinemark e Bombril.

- que cheiro é esse?
- é pipoca sabor pinho-sol.
- aff...
- meu, eles me ofereceram pipoca sabor pinho-sol!
- e daí?
- que eu faço?
- como assim?
- eu devo aceitar?
- por que não?
- meu deus, nunca comi isso!!!
- pipoca?
- não, pipoca sabor pinho-sol!
- então come!
- mas se eu morrer?
- não morre...
- como você sabe?
- então não come.
- e se eles forem me matar se eu não comer?
- você vai morrer de qualquer jeito.
- meu deus, pra que inventaram isso?

Vemos anúncios ou pessoas bebendo coca-cola, esse xarope com gás, diariamente, daí ficamos
nos perguntando; - pra que inventaram isso?

¿No te preguntas a ti?...


Alex entrou no escritório
e sentiu forte cheiro de pinho-sol.
"- Que cheiro é esse?"
"- Acabei de fazer pipoca", outro disse...

9/18/2008

Anti-fluxo

...



Antes sol


O que é mais delicioso que atravessar uma avenida em uma faixa, seguir reto de carro, e ver ao seu redor todos aqueles carros ficando para trás, somente a sua fila andando fluentemente?

- Seguir no contra-fluxo?

Talvez arriscar ou fazer o proibido... mas o contra-fluxo ainda é delicioso.

Aquele lado vazio da avenida, e o outro abarrotado, congestionado como nariz gripado.
Avenida gripada de carros, motos, negros, brancos, loucos, brochas, bichas, repórteres, ambulâncias, policiais, mulheres, altos, médicos, gerais, índios, descendentes de alguém ou de outro, cafetões, viciados em remédios ou auto-ajuda.

Eu e meu lado sadio da avenida, deliciosos silenciosos.

Ah! que charme ter um carro antigo, ou uma moto daquelas retrôs. Mas desde que os outros tenham outros veículos bem modernos. Lisos brilhantes rápidos silenciosos discretos. Todos iguais. Ah! O meu carro antigo. Ah! Minha moto custom classic chopper. Uma Marylin Monroe nos dias de hoje, porque ser como esta popstar sendo contempoâneo a ela, era ser o fluxo.

- Olha lá! Olha quem passa daquele lado da avenida, abarrotado, de vidro fechado e parcialmente confortável ofuscado! Quase felizes! Aparentemente felizes! Ok! Felizes! Sem mágoas, tá?
 



Mas quem vai do contra-fluxo para o fluxo passa por uma trajetória dolorosa.

Os que andam no contra-fluxo da avenida têm ousadia e charme, conversa intrigante e engraçada, cheia de paradoxos, confusa e que faz você ficar pensando em algo e com um leve sorriso, depois de ouvir um pensamento em uma mesa de bar.
- Irônico, obrigado!

Mas a indústria do mercado do fluxo, quantas assessorias pra tudo!!!
Quem nunca conheceu a literatura que a deixe partir!


Mas quem vai ... trajetória dolorosa.

Leia tudo ou nada. Destrua o que não foi feito, mas não desconstrua a parede sólida e delicada criada com tijolinhos pequeninos e duríssimos.
Descem enxurradas de popularidades vulgares e superficiais.
Arrancam pedaços e aos despedaços vão descendo embalados e abarrotados pelo outro lado da avenida. Tudo quase tão simétrico.
Isso não seria de tal modo terrível... Se hoje eu não estivesse do lado de lá.

A roupa impermeável começa a ter infiltrações, escorrega pra dentro pelas mangas essa água louca. Tocam os tambores em silêncio. Escorre por todas linhas da minha capa essa água louca. Eu estou surdo.

Daí a descontrução das coisas,
o orgulho do anti-fluxo.
Dói a desconstrução das coisas.








Discorrendo sobre a inveja - Alex Wildner
18 de setembro de 2008

9/17/2008

Eu não sei html



Será que serei excluído da sociedade?

9/15/2008

eu não sei colocar foto nesse negócio aqui



Eu digo em som meio abafado por segurar um cigarro na boca, meio no canto. No meio não, no canto:
-Eu não sei colocar foto nesse negócio aqui!

Enquanto eu vejo todas as revistas bombando de fotografias, mulheres, homens, praias, carros, pessoas famosas e ricas, políticos no meio de um discurso clicados naquele instante por alguma intenção jornalística, todos congelados pela fotografia, o meu blog vai se tornando mais chato. Sem fotos e mais chato. Insuportável. Na verdade eu não entraria aqui se este fosse de outra pessoa. Ele é inútil.

Mas eu te agradeço por ter lido. Só peço agora a gentileza de me escrever e explicar, já que você é tão paciente, porque você leu isto e aponte os pontos positivos e negativos, explique também o que e como você estava buscando isso que buscava, mostrando passo a passo como veio parar aqui e ao final disso, escreva uma breve redação dissertativa expondo seu ponto de vista político-econômico tendo em vista o descaso humano com o meio ambiente e com o próprio humano com a política, da parte dos eleitores, e com o meio-ambiente, da parte dos governantes. Cuidado, somos uma empresa de direita, só não vou falar direita de quem...

"e ao fundo ouve-se uma risada sinistra"

Pronto, é assim que se sente um cara entrevistado pelo RH de uma grande corporação, ou por uma de médio porte com ânsias ansiosas de ser grande.

eu não sei colocar foto nesse negócio aqui
eu nao sou fumante
eu não caio com tequila
eu não sei html
eu não bebo tequila

Já já eu volto para escrever algo mais nessa publicação.

1/25/2008

Posso acreditar em mim?



Que preguiça.
Hoje estou exausto. Não escrevo porque estou exausto.
Vou deixar praoutro dia.
Deixo praamanhã quandoacordar praescrever. E amanhã eu vou pensar por que é que eu não escrevi ontem? que é hoje.
Assim eu deveria escrever hoje.
Mas amanhã eu nao estarei tao cansado, aposto.
E assim vou protelando meu sucesso.

É sem vergonhice mesmo!