1/22/2011

O que é feito de areia, e o que nao é...


Chapter one

Tudo o que ele se imporava na vida era com a individualidade de cada pequena peça daquelas antiguidades que ele estudava tao minuciosamente, todos os detalhes que somente ele poderia ver. Nenhuma beleza o escapava, o passado se revelava em suas maos, naqueles pequenos vasos, estáduas, que talvez tenham sido tocados por deuses antigos... ou por velhos escravos mortos, que valiam menos do que um desses objetos depois de quebrados, quem poderá dizer? Ele sabe a resposta, mas ainda nao nos disse. Ele continua olhando, focado, seus pequenos objetos, em um universo que nao nos pertence, e que ele perceberia mais tarde, que nao pertence nem a ele, nem a ninguem, pois esse universo nao existe mais! 
E secretamente nos poderia ser revelado que este universo, que ele tanto oberva, talvez nunca tenha existido, e seja somente o produto de uma analise cientifica! Um objeto real com um passado imaginario. Ele agora coloca o objeto de volta em uma caixa, a caixa em uma estante, senta-se, pega outro, com tal decisao que nos faz imaginar que ele está seguindo um roteiro mistico, ou Maia, nao enxergo daqui. O que ele nao nos diz é em que este roteiro é baseado, ou se o roteiro que seduzidos imaginamos é só uma desculpa para ele olhar para outro lado.