6/01/2007

"Sou o recitante apenas do começo, o final desta história, assim como minha própria morte, pertence aos outros..."

Gênero poesia


Eu que morri por você
Persistência da Memória e o Distanciamento Amoroso

Eu que morri por você
Não sabia sequer ficar atento
Perdido entre algo novo
Acreditei no sentir
No fazer
Do sentimento o verdadeiro
Na ponte mágica
Entre um e outro

Eu que amei você
Não sabia o que pensar
Entre as ofertas de viver
e viver o você
Entregou-me e sufocou a verdade
Ou esta sufocou
me e te
Ou a criança pulou do precipício
sem agüentar mais a vertigem
Estancou-se o ar

Eu que não vi você
Deixei passar querendo te ver
Estava ali
Olhei e não via
Virei enquanto você passava
Destinos avessos?
Ou querer desejar?
A morte do querer

Eu que morri por você
Não te vejo mais
Por estar morto
Por ter te matado
Não sou mais que um assassino
Sou apenas o criador de um novo começo
O amor que disse seu nome
E foi embora
Mas quem vai embora, também fica
E quem fica, também diz adeus.

Amei você
Entre outras, morri
Agora que te vejo, assim de perto
Não parece aquilo que era
Você se transformou
Foi o passar do tempo?
ou a persistência da memória?


Alex Wild - 21 de maio de 2007 - fragmentos

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostava mais do seu blog antigo...esse ficou feio e confuso...rs...Bjos Lu

Anônimo disse...

gostei das atualizações...
o "volta dessa" tb eh show!!
bjs
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